Nos versos desta cantiga
quisera a mesma emoção
que existe em qualquer espiga:
vida com sabor a pão.
Outono, terra lavrada!
Benditas primeiras águas!
Na sementeira adiada
só medram angústia e mágoas.
Só medram angústia e mágoas
na sementeira adiada...
Benditas primeiras águas!
Outono, terra lavrada!
Planuras desalentadas.
Perdido Maio maduro...
Nas terras abandonadas,
que presente, que futuro?
*
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 10 de Abril de 2013.
*
Talvez projecto, exactamente por ser uma pretensão
lançada assim desamparada, é a tentativa de apresentar textos inéditos que
poderão enriquecer (?) o património dos cantares populares do Alentejo. Que
valha a intenção.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.