quinta-feira, 5 de setembro de 2013

09 - Livro CANTAREMOS * Cantilena




Nos versos desta cantiga
quisera a mesma emoção
que existe em qualquer espiga:
vida com sabor a pão.


Outono, terra lavrada!
Benditas primeiras águas!
Na sementeira adiada
só medram angústia e mágoas.

Só medram angústia e mágoas
na sementeira adiada...
Benditas primeiras águas!
Outono, terra lavrada!


Planuras desalentadas.
Perdido Maio maduro...
Nas terras abandonadas,
que presente, que futuro?


*
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 10 de Abril de 2013.
*
Talvez projecto, exactamente por ser uma pretensão lançada assim desamparada, é a tentativa de apresentar textos inéditos que poderão enriquecer (?) o património dos cantares populares do Alentejo. Que valha a intenção.

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