Foto Internet, com a devida vénia.
A memória do tempo, caminhos
destes campos de ausência, maninhos…
A certeza de nós e a constância
das correntes da nossa irrisão…
E estes astros brotando do chão
e perdendo-se além, na distância!
Minha fome sagrada de pão,
que, nos tempos perdidos da infância,
eu matei sem saber que esse pão
era a fome a doer na abundância!
E uma culpa, em intérmina instância,
que no banco dos réus, sem perdão,
me agrilhoa à memória da infância
e amargura o sabor deste pão
José-Augusto de Carvalho
Viana * Évora * Portugal
4/9/96 (Corrigido em 6/7/2013)
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