Mostrar mensagens com a etiqueta 39-DA HUMANA CONDIÇÃO. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 39-DA HUMANA CONDIÇÃO. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

39 - DA HUMANA CONDIÇÃO * Perenidade





Foto Internet, com a devida vénia.





Não são lendários os fantasmas de ontem,
que assombram os castelos em ruínas...
Qualquer que seja o tempo a que remontem
és sempre tu que em nós te determinas.

No pó que sob as pedras arrefece
e é cinza na lembrança que perdura,
germina a claridade que nos tece
nas sombras frias desta noite escura.

No todo somos tempo em movimento.
A rotação da Terra gera os dias,
a translação da Terra gera os anos...

Nas ânsias, nas angústias, o memento
cavalga no silvar das ventanias
e irrompe p'los recônditos arcanos.



José-Augusto de Carvalho
15 de Novembro de 2006
Viana * Évora * Portugal

terça-feira, 24 de setembro de 2013

39 - DA HUMANA CONDIÇÃO * É quando...


Caos * Foto Internet, com a devida vénia.




É quando a morte chega à Feira das Vaidades
que ganha nitidez a nossa condição.

É quando o sal amarga e queima as veleidades
que a morte nos reduz à nossa dimensão.

É quando a luz do sol, cegando o vaga-lume,
esmaga a pequenez da néscia presunção.

É quando por grasnar chilreio se presume
que uma qualquer lamúria intenta ser canção.

É quando a Lua-cheia incita à tentação
que a noite se revela enleio enamorado.

É quando não há mais varinhas de condão
que o charlatão se quer o príncipe encantado.

É quando já ninguém consegue acreditar
que o verso em armas faz da vida o seu altar.


José-Augusto de Carvalho
14.10.2005
Viana * Évora * Portugal