segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

15 - CANTO REBELADO * Manifesto






Escrevo como quem abraça a Terra inteira,

assim, do Norte ao Sul, do Leste ao Ocidente...

Meus versos não são meus, serão de toda a gente

que, por amar Orfeu, talvez também me queira...



Não quero para mim apreço singular.

Um entre todos sou, no ser pluralidade.

Em campo raso ou, por desgraça, atrás da grade,

de peito aberto, a luz da vida hei-de cantar.



De pé, enfrento sempre a lama que me agride.

Nos lábios, um esgar, e de ansiedade apenas,

diverso no respeito enorme, nas arenas,

ao sol do meu ardor, em perigosa lide....



Se canto a liberdade ainda por haver

é porque a sinto, em mim, sonhada, acontecer...







José-Augusto de Carvalho 
8 de Agosto de 2004.
Viana * Évora * Portugal

domingo, 14 de fevereiro de 2016

30 - ...E CONTIGO EU MORRI NESSE DIA! * Os últimos sinais




Nem um soluço resta do meu canto.

Só na saudade posso ver-te ainda

vestida de papoilas e de espanto,

no enleio virgem da manhã mais linda!



Na tua boca – uma romã aberta,

bailava uma promessa proibida!

E ainda esta saudade me desperta

a dádiva do céu que foste em vida.



Vieste no feitiço de um sorriso

e foste num adeus que nos matou.

Soubemos que existiu o paraíso

na graça que te trouxe e te levou.



Agora, só nos restam os sinais

chamando dos confins do nunca mais.





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 14 de Fevereiro de 2016.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

26 - FRAGMENTOS * Porquê




Nós somos tantos e eles são tão poucos!...

Por que perdemos sempre?



José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 11 de Fevereiro de 2016.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

27 - ÁLBUM DE RECORDAÇÕES * Fotos de Família


2005/2006*Duze na nossa casa de Viana
2005/2006*Duze na nossa casa de Viana
                                       2005/2006*Eu e o Apolo na nossa casa de Viana