domingo, 14 de fevereiro de 2016

30 - ...E CONTIGO EU MORRI NESSE DIA! * Os últimos sinais




Nem um soluço resta do meu canto.

Só na saudade posso ver-te ainda

vestida de papoilas e de espanto,

no enleio virgem da manhã mais linda!



Na tua boca – uma romã aberta,

bailava uma promessa proibida!

E ainda esta saudade me desperta

a dádiva do céu que foste em vida.



Vieste no feitiço de um sorriso

e foste num adeus que nos matou.

Soubemos que existiu o paraíso

na graça que te trouxe e te levou.



Agora, só nos restam os sinais

chamando dos confins do nunca mais.





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 14 de Fevereiro de 2016.

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