As árvores despiram as roupagens
que
lhes vestira o ardor da primavera.
Dos êxtases de odor, em flor
policromados,
dos néctares de alada embriaguez...
do efémero existir já
nada resta.
Depois do sol fagueiro aconchegar,
em manta
travestido,
a enxerga deserdada,
o tempo a seus desígnios já se rende
e
o desconforto vem
assobiar nas telhas dos abrigos.
Agora,
nos
hirtos galhos nus,
o inverno tece a frio o níveo manto
ornado de pendentes
de sincelo.
José-Augusto de
Carvalho
19 de Janeiro de 2008
Viana * Évora * Portugal
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