Quebradas as amarras, sobre as
águas
balouça, livre, a barca da esperança!
Não fiques mais carpindo dor e
mágoas.
que só quem persevera é quem alcança.
Se perdição houver,
que fique o gesto!
Perdido já está quem se rendeu.
Se bem que neste
outono, aqui me apresto
a ser mais um Abril que
floresceu...
Recuso-me a deixar a triste herança
dum solo pátrio
exausto do milagre
que se renova em cada primavera!
Quem quer deixar
morrer a esperança?
Que a força a resistir nos salve e sagre
enquanto a
vida em nós se regenera!...
José-Augusto de
Carvalho
7 de Dezembro de 2011.
Viana*Évora*Portugal
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