Foto velhinha. Aqui, eu tinha um ano de idade.
No sonho mergulhei de ser poeta
e encontro na palavra a tessitura
que, além de mim, no todo se projecta,
num grito libertário de aventura...
Na sedução do tempo, à hora estreme,
escrevo os versos rubros da canção.
E a primavera no meu peito freme
num êxtase de vida em floração...
E sinto que sou eu na voz que escuto
e faz de mim apenas o meu grito.
Meu sonho de poeta e de absoluto
não cortes minhas asas de infinito...
...e deixa-me, na angústia das tonturas,
morrer nesta vertigem das alturas...
José-Augusto de Carvalho
22 de Outubro de 2006.
Viana * Évora * Portugal
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