Foto Internet, com a devida vénia.
Já nem um arrepio o corpo sobressalta?
O tempo passa e com o tempo vou
passando.
E fica para trás o como, o onde, o quando…
Será que tenho tudo e
já nada me falta?
Talvez me falte a paz, a paz que nunca tive…
Que eu
tenho céu azul e sol e tanto mar!
E um cais que se rendeu… e urgente é
navegar
além do Cabo Não que nega quanto vive!
E nesta calmaria,
inúteis são as velas.
Nem ventos de feição nem ventos de procelas
agitam
este mar e acordam este cais…
E dói a solidão na ausência do
convés.
Vagueio sem destino e já nem sinto os pés.
Exausto, neste fim de
mim, quisera mais!
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 27 de Julho de
2010.
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