Foto Internet, com a devida vénia.
De tribo em tribo, vou, humilde peregrino.
E tudo em
derredor são sombras e armadilhas.
Um bobo impertinente exibe o
desatino,
a turba exulta e faz do reles maravilhas...
Medíocre
insecto arenga, em sórdido arreganho.
Casaca a condizer, as asas
coloridas.
Asneiras que lhe inveja o néscio em seu tamanho.
E aqui não há
ninguém que venda insecticidas!...
Humilde sou e humilde eu quero
assim manter-me.
Traído o seu intento, o verbo foi em vão.
Não é inteligente
equiparar-me ao verme.
Humilde, sim, serei, mas sem
humilhação.
Paguei o preço até ao último centavo.
Ingénuo, e em
dor, senti do fel o amargo travo...
José-Augusto de
Carvalho
8 de Junho de 1996.
Viana * Évora * Portugal
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