Alentejo que não tinhas
sombra senão a do
céu,
como outras coisas não tinhas,
que tens tu que seja
teu?
A desilusão de um nome
e de filhos naturais,
uma bandeira
de fome
e um céu distante de mais....
Mas na desgraça
cantavas
um lamento em desvario
num coro de
condenados...
Levava o vento as palavras...
Gemendo, num
calafrio,
os assombros dos montados...
José-Augusto de
Carvalho
Lisboa, 25 de Agosto de 1996.
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