Trigal * Foto Internet, com a devida vénia.
O céu sem uma nuvem, todo azul!
Na limpa, o pão --
um cântico do Sul!
Vermelha, a terra em sangue, a
palpitar,
entrega-se ao incêndio que a devora!
Cresceram os trigais e, a
ondular,
sonham ainda o mesmo mar de outrora...
Foram daqui, ficou
a nostalgia
das horas de aflição e de loucura...
O sonho de outro pão, que
se entrevia
na sedução que foi e que perdura...
A sedução de ser
aqui e além
o mesmo lenho e a mesma carne viva!...
Arado e leme, a força
que sustém
o rumo até nas horas à deriva...
José-Augusto
de Carvalho
Lisboa, 8 de Maio de 1997.
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