sábado, 21 de setembro de 2013

16 - Na Estrada de Damasco * Percurso

Maio maduro 
Foto Internet, com a devida vénia.



Da colheita de Maio Maduro,

quanto baste de alento e de alvura.

Mitigar minha sede procuro

na cisterna de chuva-água pura.



Na farinha e na chuva que amasso,

minha fome modela o sustento.

É da Terra e do Céu este abraço

onde crio o que sou no que faço.



Tudo em mim é a soma do todo,

que é de pó e que é de água – este lodo,

num pedaço de céu que me acena…



E assim vou, perseguindo este rastro

que lucila a saudade de um astro,

nesta cósmica angústia terrena…



José-Augusto de Carvalho

Lisboa, 13 de Dezembro de 2010.

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