Foto Internet, com a devida vénia.
Para a Poetisa Lílian Maial
Nas páginas do
tempo, em livro aberto,
o testemunho
inscreve a rebeldia:
a solidão da
sede do deserto
esconde sempre
um poço de água fria.
As coisas nunca
são o que parecem.
Do céu, o vento
as nuvens afugenta.
Se oásis de
ternura reverdecem,
que poço de
água fria os dessedenta?
Que Estrada de
Damasco, oh Síria antiga,
por entre os
desencontros dos abutres,
no tempo
sobrevive livro aberto?
Que poço de
água fria te mitiga,
na solidão da
sede do deserto,
se há tanto
tempo só de sal te nutres?
José-Augusto de Carvalho
3 de Abril de 2009.
Viana*Évora*Portugal
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