Na limpidez do céu, um infinito azul
envolve,
no seu manto, a terra abandonada.
Assombros de passado acenam mais a
sul…
Areias de ouro e sol de uma magia alada…
A voz de Sherazade
enfeitiçando ainda
as noites de luar, em fios de alva renda…
Há cânticos
de amor, num sonho que não finda…
Seu corpo, belo e nu, enleia a minha
tenda…
A dádiva da vida em sôfregos carinhos
enlaça-me num todo
anelos de pureza
e sinto crepitar o fogo em nossas veias…
As rotas do
deserto, os múltiplos caminhos
que cruzo milenar em busca da riqueza
dos
astros de outro céu que emerge das areias…
José-Augusto de
Carvalho
Viana * Évora * Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.