Foto Internet, com a devida vénia.
O grito que ressoa acorda o sonho
antigo.
As crinas dos corcéis ondulam anelantes.
Nas dunas do deserto em
fogo onde me abrigo,
Os teus apelos de alma e coração
distantes.
No tempo e no lugar, as sedes de outras fontes.
Em ti,
o lago pleno, ocaso de afluentes.
Depois de ti, não pode haver mais
horizontes.
Que mais, além de ti, se tudo em ti
consentes!...
Escondes, sob o véu, os lábios purpurinos.
Sedentos
de áurea lava, em tragos de ambrosia.
Prometes, no teu ventre, anseios
levantinos.
Gemidos de luar de cálida estesia!
Teu grito, no meu
grito, o grito definido...
Aurora recusando o tempo
interrompido!
José-Augusto de Carvalho
31 de Outubro de 2002.
Porto Alegre * Rio Grande do Sul*Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.