sexta-feira, 27 de setembro de 2013

25 - LIVRO TEMPO DE SORTILÉGIO * Ausência

Arte Zélia, com carinho.


Quando Amor me exaltava o perfume dos dias,
que esplendor do devir em Abril florescia!

Era abril-primavera ensinando a cantiga
da esperança a cumprir a perene oração...
Era o tempo de ser a promessa da espiga
que madura seria a fartura do pão...

Neste tempo de agora, esfumou-se o perfume.
Só o vento suão enternece o vazio,
na vigília do tempo, em golfadas de lume
e lampejos de luz aquecendo este frio.

E eu porfio doendo a saudade dos dias,
nesta ausência de Amor em auroras de espanto!
E eu porfio no tempo em que Abril florescia,
num poema de amor que entre lágrimas canto...


José-Augusto de Carvalho
 3 de Agosto de 2010.
Viana*Évora*Portugal

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