Arte Zélia, com carinho.
Quando Amor me exaltava o perfume dos
dias,
que esplendor do devir em Abril florescia!
Era abril-primavera
ensinando a cantiga
da esperança a cumprir a perene oração...
Era o tempo
de ser a promessa da espiga
que madura seria a fartura do pão...
Neste
tempo de agora, esfumou-se o perfume.
Só o vento suão enternece o
vazio,
na vigília do tempo, em golfadas de lume
e lampejos de luz
aquecendo este frio.
E eu porfio doendo a saudade dos dias,
nesta
ausência de Amor em auroras de espanto!
E eu porfio no tempo em que Abril
florescia,
num poema de amor que entre lágrimas canto...
José-Augusto de Carvalho
3 de Agosto de 2010.
Viana*Évora*Portugal
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