Foto Internet, com a devida vénia.
É quando a noite cai e o frio na
lareira
descobre que sem lenha o fogo não se ateia,
que um grito de
aflição assombra a pasmaceira
que anestesia há muito o povo desta
aldeia.
E tocam a rebate os sinos da capela!
O burburinho cresce e
vai de rua em rua.
E quem não vai, está olhando da janela
a vida que
palpita e livre se cultua.
E corre o rapazio, ousando a sedução
de
ser e de crescer nas asas da cantiga,
como o pião que roda e roda em sua
mão
até parar feliz e exausto de fadiga!
E o frio se transmuta em
fogo e ganha alturas,
instante a crepitar antemanhãs
maduras!
José-Augusto de Carvalho
9 de Dezembro de
2010
Viana*Évora*Portugal
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