quinta-feira, 5 de setembro de 2013

25 - LIVRO TEMPO DE SORTILÉGIO * Na morte (física) do Poeta






É quando as sombras descem sobre a luz

e a vida já não pode ser mais nada

que, em ânsia de infinito, tremeluz

a paz, por dor e lágrimas velada.



Aqui, por entre flores de saudade,

sublimo a perfumada nostalgia

do sonho que se quer eternidade,

em arrebois de amor e poesia.



De ti, ficou, em nós, perene, o canto,

a parte que te coube da beleza

p’lo Céu doada a todos os poetas.



Em ti, ficou, de nós, doído, o pranto

que levas, por alturas de incerteza,

nas tuas asas livres e inquietas.






José-Augusto de Carvalho
24 de Fevereiro de 2006.
Viana * Évora * Portugal

Sem comentários:

Enviar um comentário

Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.