A exigência começa em nós. Só quem é exigente tem legitimidade para exigir aos demais. Exigência na responsabilidade de ser e agir.
A responsabilidade de ser determina a exigência do
respeito por nós e pelos outros.
A responsabilidade de agir ou no agir determina o domínio
dos caminhos a percorrer, a procura incessante das alternativas mais adequadas
à situação concreta que se pretende alterar ou corrigir. Qualquer acção, tal
como a palavra, tem o dever de ser precisa.
Sabemos que ninguém domina as diversas áreas do saber,
logo é indeclinável o dever de nos socorrermos de quem, aqui e ali, está em
condições de nos auxiliar no agir. Desprezar esta condição é desafiar o
insucesso a prejudicar a exigência do ser e do agir responsavelmente.
Ultimamente, ouço, com frequência, o apelo à renovação.
Em abstracto, nada a dizer. Qualquer mudança é própria da vida e deveremos
pugnar por ela desde que não signifique mudar para pior.
Renovar é, como sabemos, o velho dar o lugar ao novo.
Trata-se de assegurar a continuidade de um objectivo concreto, ainda que tendo
em atenção as mudanças de perspectiva, as correcções impostas e que não
dependem da nossa vontade.
Renovar por renovar, desprezando o saber dos mais
experimentados, é erro que se pagará caro, inevitavelmente.
Exigência não casa bem com inexperiência, ineficiência,
etc.
A História realça o êxito dos povos que sempre atenderam
aos Conselhos dos Anciãos. E a sabedoria popular ainda hoje mantém este alerta:
O diabo sabe muito não por ser diabo, mas, sim, por ser velho.
Não tenho a jactância de julgar seja quem for, mas intuo
que o rei vai nu. O tempo me dará razão ou não. Oxalá que não.
Até sempre!
José-Augusto de Carvalho
4 de Julho de 2013
Alentejo * Portugal
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