domingo, 8 de setembro de 2013

10 - Canto Revelado * Percurso


Foto Internet, com a devida vénia


Da colheita de Maio Maduro,

Quanto baste de alento e de alvura.

Mitigar minha sede procuro

Na cisterna de chuva-água pura.



Na farinha e na chuva que amasso,

Minha fome modela o sustento.

É da Terra e do Céu este abraço

Onde crio o que sou no que faço.



Tudo em mim é a soma do todo,

Que é de pó e que é de água – este lodo,

Num pedaço de céu que me acena…



E assim vou, perseguindo este rastro

Que lucila a saudade de um astro,

Nesta cósmica angústia terrena…



José-Augusto de Carvalho

Lisboa, 13 de Dezembro de 2010.

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