Bélgica, rio Eau-Noire galgando as margens.
Foto Internet, coma devida vénia
Foto Internet, coma devida vénia
Naquele tempo, já o rio tinha
a condição de rio decidida:
nascia e da nascente-berço vinha,
em múrmura canção indefinida.
Por entre margens, dócil, caminha.
Um fio de cristal na teia urdida.
Não sabe por que vai nem adivinha
que há sempre um por haver desde a partida.
A submissão de muito longe vinha!
Mas uma força em si desconhecida
lhe diz que não é mais a ténue linha
por doce devaneio distendida…
E, atónito, descobre a teia urdida:
que para além das margens há mais vida!
José-Augusto de Carvalho
16 de Outubro de 2011.
Viana*Évora*Portugal
Este soneto é maravilhoso, José-Augusto de Carvalho!
ResponderEliminarBravo!!
Luzia