Foto Internet, com a devida vénia
Folheio devagar o livro dos meus dias.
Às vezes, volto atrás, relendo as folhas lidas.
E, nesta revisão, imagens já delidas
revivem-me o candor de antigas alegrias…
Menino, o tempo vem cantando a primavera
que fui a florescer futuros anelantes!
Um tempo que hoje dói nos álbuns, nas estantes…
enquanto o coração de angústias se lacera.
Melhor fora banir de mim estas amarras.
Melhor fora matar memórias e saudades.
Melhor será morder agora as frias grades
e firme recusar plangências de guitarras.
Meu fado é desfraldar bandeiras e ir avante…
Que em lágrimas embora, eu só futuros cante!
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, 1 de Setembro de 2012.
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