terça-feira, 10 de março de 2015

22 - O MEU CANCIONEIRO - 2 * A inútil porfia







Se salvais as aparências

no recato do lugar,

claudicais nas evidências,

que indo além do mero estar,

são, no ser, vitais essências.




Se a ventura ao rosto vem,

a desgraça não se esconde.

É por isso que ninguém

há-de achar um como ou onde

para ser um outro alguém.




Tudo em vós vos denuncia

no recato do lugar.

É inútil a porfia.

Nem a noite tem luar

nem o verso poesia.





José-Augusto de Carvalho
30 de Julho de 2006.
Viana*Évora*Portugal




Nota: Sob o título acima, publicarei os textos que, por lapso, não foram incluídos, em 2009, na colectânea «O meu cancioneiro».



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