quarta-feira, 23 de outubro de 2013

17 - HARPEJOS * Cantares-2




Eu canto porque estou vivo


e porque recuso ser

dócil agente passivo

no direito de viver... 




Canto as asas altaneiras 

que ganham longes e espaço 

e canto o fim das barreiras 

que não me travam o passo... 




Canto com amor a terra, 

onde sou e donde vim, 

e se morrer contra a guerra, 

só paz haverá em mim... 




Canto a palavra certeira, 

mesmo que doa ou que fira... 

Canto a vida verdadeira 

que não conhece a mentira... 




Canto a coragem suada 

de quem ganha o pão que come... 

E a semente germinada 

é um grito contra a fome... 




José-Augusto de Carvalho 
Viana*Évora*Portugal

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