Amor, por ti, eu dou a paz, o leite e o mel
e todas as demais delícias do Jardim!
Por ti, eu queimo os papagaios de papel
que podem permitir o descobrir-me em mim!
Por ti, sou o poeta amante, ausente e triste,
por quem tu choras, louca, as lágrimas mais puras!
Sou dentro de ti mesma o amor que em ti existe,
que sempre está contigo e tu sempre procuras...
Por ti, sou a fraqueza terna do menino
que só te quer a ti em noites breu de medo
e dorme em teu regaço um sono de pureza.
Por ti, sou a certeza e a fome do destino,
crescendo sem temer alturas de incerteza,
morrendo sem temer angústias de degredo...
José-Augusto de Carvalho
Viana*Évora*Portugal
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