sábado, 19 de dezembro de 2015

25 - LIVRO TEMPO DE SORTILÉGIO * Num terno enlevo






Talvez eu seja os versos que te escrevo

neste deslumbramento da Poesia

que vai além de nós, num terno enlevo,

e ganha a fantasia da magia




Talvez meus versos sejam o delírio

da sede que em teus lábios queima intensa

e quer-me a chama trémula dum círio

a arder no sacrifício que te incensa.




Enleio derradeiro da promessa

cumprida de alma pura de ternura

que em lágrimas da vida se despeça.




Que o teu regaço ampare o meu Outono

e eu leve o teu soluço de amargura

para os confins do nada e do abandono!





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 19/12/2015

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