sexta-feira, 17 de março de 2017

25 - LIVRO TEMPO DE SORTILÉGIO * As minhas penas





Eu sei que não pôde ser.

Todas as penas são minhas,

luto que visto a sofrer,

diverso no entretecer

do negro das andorinhas.



Penas negras, negras penas,

por natural condição,

são diferenças apenas,

não são luto, não são penas

enlutando o coração.



Quem me dera ter as penas

que vestem as andorinhas!

Seriam penas apenas,

azeviche de melenas,

e não o luto das minhas.





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 18 de Março de 2017.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.