Inocente e descuidado, o ribeirinho
vai correndo na planura sossegada.
Ensonado, põe-se o sol, devagarinho;
vai dormir mais uma noite descansada.
As estrelas, já no céu a lucilar,
outras olham divertidas a correr...
Rouxinóis e serenatas de encantar
trazem sonhos só de amor a florescer.
Rompe agora a madrugada; e a cotovia,
já traquinas, vem o dia anunciar.
Só não pára o ribeirinho a correria,
p'ra chegar até à praia e ver o mar!...
José-Augusto de Carvalho
Lisboa, Dezembro de 2021
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