ESTA LIRA DE MIM!...
*
As ruínas
Parado, vejo o Temp(l)o nas ruínas...
Que nada mais restou do que ruínas.
Incólume, um degrau me desafia
aos êxtases do sonho prometido,
como se houvesse ainda a escadaria
de acesso ao paraíso destruído...
Num instintivo gesto de defesa,
desvio o meu olhar da tentação.
E rumo aos horizontes de incerteza,
que há muito herdei do meu amado chão.
Sem forças p´ra lutar, que congeminas,
agora, quando tudo está perdido?
Restaram-te os assombros das ruínas...
E o que restou, agora, faz sentido!
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 6 de Junho de 2022.
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