NA ESTRADA DE DAMASCO
Blasfémia?
Da sarça ardente, trouxe-nos Moisés,
no verbo que perdura, a Tua Lei.
Ficámos todos a saber Quem és.
Quem somos? que seremos? Eu não sei.
Avanços e recuos, já conheço.
E temos que nos bastem ladainhas.
De lutos no direito e no avesso,
um bando delirante de andorinhas.
No cume da pirâmide tremula
ao vento do quadrante há muito imposto
a tutelante flâmula da gula,
difusa, sem entranhas e sem rosto.
Falastes com Moisés da sarça ardida,
morreu sem ver a Terra Prometida...
Alentejo, 9 de Junho de 2022.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.