segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

31 - NAS ÁGUAS DO NOSSO ODIANA * Minhas veias!




Só, nas margens do rio,

olho as águas e sinto-as correr.

Minhas veias de sal e de ousio,

quem vos pode deter

o navio?



Que desgraça

a tolher-me a coragem?

Tão distante da vida que passa,

já nem vejo a gaivota

em viagem

indicando-me a rota!



Minhas veias

a morrer neste cais!

Sem alor nem sinais,

só de nós falarão as areias

e o silêncio a carpir vendavais.





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 25 de Janeiro de 2016.

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