sábado, 23 de janeiro de 2016

30 - ...E CONTIGO EU MORRI NESSE DIA * Contigo, meu amor!





No refúgio do meu coração,

a minh’alma rendida em oração.



Um altar eu ergui no meu peito.

Um altar perfumado de incenso.

Eu e tu, num perfeito

ser-estar dos sidéreos espaços suspenso.



Não há tempo, não há duração.

Só o meu coração,

pelo pranto lavado,

tão de leve palpita

que parece parado

nesta entrega contrita.



Viverás para sempre na minha oração.

Morrerás quando eu for,

na carícia da minha outonal viração,

ter contigo, meu amor!





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 8 de Janeiro de 2016.

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