domingo, 13 de setembro de 2015

30 - ...E CONTIGO EU MORRI NESSE DIA * Meu amor!





Amor, vem adoçar o fel da minha insónia

com raios de luar e ritmos feiticeiros!

De novo vem florir ardores nos canteiros

dos nossos imortais jardins de babilónia.



De novo vem molhar os pés no nosso Odiana

e deslumbrar o azul celeste de Alcoutim.

Que amor e sedução derramem sobre mim

teus olhos verde-mar em rara filigrana.



Que o teu olhar me diga agora e sempre: aqui

estou, enquanto tempo houver, bem junto a ti,

até que nos dilua o caos na mesma massa.



Espera, meu amor, por mim, porque estou indo.

Aqui, aí, no caos... o nosso sonho lindo

será, no tempo vário, o tempo que não passa.





José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 13 de Setembro de 2015.




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