Efémero me sei, perene é este sonho
que do Princípio herdei de plena comunhão.Assumo contrafeito a minha condiçãode efémero --- de mais, na Vida, não disponho.Do sonho, fui até ao sem-limite abrupto.E pago para ver uma qualquer parada!Enquanto Vida houver, uma qualquer estradaapenas a limita o longe do absoluto.Ganhei à Terra quando ousei plantar estrelas.Ganhei aos mares quando ousei o fim do Mundo.Ganhei à Vida quando ousei na Vida o sonho.Quem me roubou um dia a safra das estrelas?Quem me inventou este paul onde me afundo?E quem me soterrou em vida a flor do sonho?José-Augusto de Carvalho
Portimão, Setembro de 2020
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