sexta-feira, 2 de outubro de 2015

30 - ...E CONTIGO EU MORRI NESSE DIA * Apelo de alma





Nas bermas dos caminhos, os anseios

mesclados de silvestres florescências.

Suspensos de subtis inconfidências,

são madrigais de sonho os seus gorjeios.



Perfilam-se horizontes e manhãs

rasgando mais caminhos na distância.

Policromias raras de fragrância

inventam tons vermelho de romãs.



Anseios resistindo à finitude

no imenso não dum coração aflito 

aos outonais acordes de alaúde.



Oh alma da minh’alma, oh infinito,

que possas tu em mim o que eu não pude

e leva-me nas asas do teu grito.






José-Augusto de Carvalho
Alentejo, Portugal, 23/9/2015.

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