LIVRO TEMPO DE SORTILÉGIO
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Asa ferida
Os anos não passaram sobre ti.
És hoje e sempre assim eu te verei:
a rosa na roseira que entrevi,
olor e cor do sonho que sonhei.
Perfeita foi a Vida e eu me rendi.
Ao fogo a consumir-me me entreguei.
Nas cinzas onde ardido me perdi
ainda abandonado me encontrei.
Que importa agora o nada que ficou?
Um dia só de sonho bastaria!
Bendita sejas, asa que voou
além do que sublima a fantasia!
José-Augusto de Carvalho
Alentejo*Portugal
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