quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

10 -CANTO REVELADO * Sangue antigo, sangue meu!





Sangue deste sangue sou.

Sangue herdado, sangue antigo.

Sangue que se derramou

e a terra-mãe empapou

em sacrifício e castigo.



Sangue antigo, sangue herdado,

farol que nunca se apaga.

Rio na terra cavado,

no impulso desesperado

que se dá e tudo alaga.



Sangue das minhas entranhas,

pulsando nas correntezas

de perigos e artimanhas,

entre mitos e gadanhas

de antemanhãs de incertezas.



Sangue antigo, sangue meu,

sangue que jorra da fonte

que já banhou Prometeu

e garante que sou eu

quem rasga o meu horizonte.



José-Augusto de Carvalho
8 de Janeiro de 2014.


Viana * Évora * Portugal

Sem comentários:

Enviar um comentário

Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.