O dia entristeceu. A chuva cai.
Emudeceu a Vida. Nem um ai!
As árvores, de folhas amarelas,
caducas, outonecem na tristeza.
As aves desertaram e, com elas,
os hinos de louvor à natureza.
A tela do pintor está cinzenta.
As tintas, esquecidas a um canto.
Minh’alma nada enxerga nem inventa.
Meus olhos, desolado, ao céu levanto.
Quem foi que me roubou o céu azul,
espaços e horizontes sem ter fim?
Meu sol do meio-dia, ardente sul,
sem ti, estou perdendo-me de mim!
José-Augusto de Carvalho
9 de Novembro de 2003.
Várzea, São Pedro do Sul
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.