Os oráculos dispenso
e dispenso as profecias.
Se são meus estes meus dias,
aos meus dias não pertenço.
Nunca mais sol nem luar,
nem céu que por seu me tome.
Nem a pedra tumular,
nem a lembrança de um nome!
Que tudo regresse ao nada
ao que o tudo se resume,
em derradeira alvorada
de espanto, de luz, de lume…
E que tudo se consuma
no fundo deste meu mar,
onde almejo naufragar
entre ondas e nívea espuma.
José-Augusto de Carvalho
27 de Março de 2015.
Viana*Évora*Portugal
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