Que sol de primavera (mal) ateia
o alor já tão cansado da raiz?
Que intenta ainda em ti e se prediz
aurora (na miragem) que clareia?
Que veleidade intenta o desvario?
Que simulacro intenta de conforto?
Só por milagre o corpo quase morto
aceitaria ousado o desafio.
Um tempo exacto existe para tudo.
Não queira vir, falaz, o fingimento
cantar loas de fogo à algidez.
O tempo que morreu, inerte e mudo,
não luta contra o pó do esquecimento
e sabe que não há segunda vez.
José-Augusto de Carvalho
14 de Abril de 2015.
Viana * Évora * Portugal
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