Odiana * San Lúcar / Alcoutim
Falo-te, não me respondes,
e eu sem saber a razão!
Se no silêncio te escondes,
só me geras aflição.
E conjecturo porquês
e nenhum me satisfaz.
Para um ano falta um mês
que resposta não me dás.
Faças tu o que fizeres,
o rio do sofrimento
nunca será, se o preferes,
o rio do esquecimento.
Nem a barca de Caronte,
nem outra de um outro mito,
me cerrará o horizonte
que nós somos de infinito.
Das águas do nosso Odiana,
neste Dezembro tão frio,
partirei na caravana
que ruma ao teu desafio.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 17 de Dezembro de 2015.
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