Inteiro, nesta luta sem quartel,
a luta que encontrei e deixarei...
Esculpo, na ternura do cinzel,
o rosto que entrevi e não verei.
O rosto de um menino que caminha.
E traz em cada mão um sol de Agosto.
Dois sóis iguais ao sol que doura a vinha.
Nos lábios, seu sorriso sabe a mosto.
Encanta-me o milagre que desvendo
nas asas desta brisa que me afaga
numa carícia morna de cetim...
Na força desta luta, num crescendo,
diviso a maré viva onde naufraga
o tudo que na luta dei de mim.
José-Augusto de Carvalho
2 de Maio de 2005.
Viana*Évora*Portugal
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