Enfrento tantos fins e sempre recomeço!
E tanto tempo vivo em tempos repartido!
Viagens de aflição e sempre, no regresso,
o sonho por haver no sonho prometido.
A Vida, em seu viver, me quer e me consome,
querendo sempre mais e mais de mim.
Bendita, minha vida, a tua fome
de aromas de poejos e alecrim!
Em ti, eu soube do sabor a sal
e deste céu em chamas, ao sol-posto,
quando o cansaço guardo no bornal.
Que venham amanhãs de sol e mosto
e as flores dum perdido laranjal
que ornaram a inocência do teu rosto!...
José-Augusto de Carvalho
Texto reconstruído em 2/5/2015.
Viana*Évora*Portugal
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