O tempo voa célere na pressa
de entretecer futuros no presente!
Que juvenil loucura de promessa
esgota o devaneio de repente?
As rugas olho e as cãs da decadência
e dói um sobressalto no meu peito.
Por quê tanta loucura na premência
se o devaneio agora está desfeito?
Que tempo louco assim não se extasia
no olor primaveril do encantamento?
Que pressa pelo fim da fantasia?
Nos braços hoje estou do sofrimento,
agonizante folha da utopia
que voa efémera ao sabor do vento.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 15 de Agosto de 2016.
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