Nos olhos trazes arrebois de amanhecer.
E nos cabelos o perfume ainda intenso
do leito cálido do teu adormecer.
Escondes tímida o rubor dos teus anseios
sob o garrido lenço
que te disfarça, bem cruzado, até os seios.
Na dança bela dos teus passos me desvendas
o dulçor das romãs
que se baloiçam na memória de idas lendas.
E os olhos cerro na saudade do que tive,
raiares de manhãs
de um tempo morto mas que em mim pra sempre vive!
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 14 de Janeiro de 2016.
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