(QUE VIVA O CORDEL!)
Pela boca morre o peixe,
diz o saber popular…
Assim, que ninguém se queixe
se ousa o que não deve ousar…
Palavras leva-as o vento?
Quem o disse mal supunha,
elas resistem ao vento
quando alguém as testemunha.
Palavras são argumento,
quantas vezes são arpão
que crava o ressentimento
ou que empunha a delação…
Quando alguém se junta ao coro
que a falta de senso instala,
lesa o silêncio que é de ouro,
que é de ouro e que também fala.
Sigo o saber popular.
Às vezes, quero-me mudo,
que é mais saudável calar
quando o calado diz tudo.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 3 de Maio de 2017.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.