(Neste Dia da Mãe, 7 de Maio de 2017, o meu poema possível…)
LIVRO TEMPO DE SORTILÉGIO
Não me abandones, Mãe!
Chamo por ti, na noite abandonada.
Solícita, tu vens: querido filho!
O tempo pára. Trémulo, partilho
o som que chega dos confins do nada.
Cego de lágrimas, soluço e rio,
e neste transe de alma me consolo.
Num êxtase esquecido balbucio:
Não me abandones, Mãe, eu quero colo!
Um halo de ternura me agasalha
e um sono antigo desce sobre mim.
Suspensa, tremeluz uma poalha
de estrelas e perfumes de jasmim.
Que abandonado sono de verdade,
p’ra sempre, assim nos queira eternidade!
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 5 de Maio de 2017.
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