Todas as cartas na mesa.
Era o tempo, o tempo certo,
de jogar o jogo aberto
com verdade e sem surpresa.
Frente a frente, o destemor,
com louros de juventude,
e as cãs da decrepitude
a tresandar a bolor.
Era o confronto da vida:
a manhã que amanhecia
contra a noite que descia
toda de escuro vestida.
Era o sol que deslumbrava
a Primavera que vinha
contra o frio que sustinha
o passado que passava.
O jogo dos tempos era:
o que foi e se cumpriu;
o cravo que ao sol abriu
um sonho de Primavera.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, 25 de Abril de 2016.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Procuro ser uma pessoa honesta. Não será bem-vindo a este espaço quem divergir desta minha postura.