Nas bermas dos caminhos, os anseios
mesclados de silvestres florescências.
Suspensos de subtis inconfidências,
são madrigais de sonho os seus gorjeios.
Perfilam-se horizontes e manhãs
rasgando mais caminhos na distância.
Policromias raras de fragrância
inventam tons vermelho de romãs.
Anseios resistindo à finitude
no imenso não dum coração aflito
aos outonais acordes de alaúde.
Oh alma da minh’alma, oh infinito,
que possas tu em mim o que eu não pude
e leva-me nas asas do teu grito.
José-Augusto de Carvalho
Alentejo, Portugal, 23/9/2015.
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